"Tia Pão por Deus, há merendola? Saca cheia, vou-me embora"
"Tia, dá Bolinho? Se o tem e não quer dar, Deus lhe parta o alguidar, quando o for amassar!"
Estas e outras frases se utilizam pela rua, em coro, nas vozes das crianças, no dia 1 de Novembro.
Saca na mão, a palavra de ordem é pedir a todas as portas possíveis, mesmo que a saca já esteja muito pesada.
A receita do nosso bolinho:
- Ingredintes na quantidade mais ou menos acertadas;
- Cuidados básicos de higiene garantidos;
- Vontade de experimentar e de arriscar;
- Muito amor às colheradas;
MÃOS À OBRA!!!
Mistura-se a aventura com o medo de ficar com as mãos sujas de ovo, experimenta-se a massa crua pelo cheiro do limão e da canela, prova-se pelo sabor e textura e pede-se socorro... a massa está agarrada às mãos!
Um jeitinho aqui, um enrolamento ali e está tudo pronto para ficar
DELICIOSO!
Pedimos a ajuda de alguns familiares:
Massa
pronta, fomos transformando pequenas quantidades em bolinhas que
rodámos na mesa e nas mãos, com farinha seca, com muito cuidado "como se
fossem ovos", para não ficarem coladas às mãos;
Colocados em tabuleiros, foram para o forno em casa da avó Amália, que os cozeu.
Enquanto
os bolos coziam, fomos explorar o espaço; as espigas de milho secavam,
muito arrumadinhas na eira, depois de terem sido descamisadas.
Fomos almoçar enquanto a Avó Amália colocava os últimos bolos no forno.
Ficaram deliciosos!
As saquinhas decoradas aguardam junto da masseira cheia de bolinhos, enquanto esprememos as laranjas para fazer sumo natural e comemos os primeiros bolinhos.
Decoradas com tintas, utilizando espigas de trigo e folhas secas, na técnica da carimbagem, irão para casa, transportando um verdadeiro tesouro.
Amanhã chegará o momento de fazer cumprir a tradição; iremos pela rua, pedindo a todas as portas: "Tia dá Bolinho?"
Estamos prontos
E cá vamos nós...