sábado, 25 de agosto de 2018

Novo projeto / novo brinquedo

O projeto "desenvolvimento do pensamento computacional na educação pré escolar" foi apoiado pelo Centro de Formação e pela Câmara Municipal de Leiria que equipou os jardins de infância participantes com robôs;  através do desenvolvimento deste projeto, as crianças tiveram oportunidade de participar em atividades variadas, com e sem utilização do robô e que a levaram  à apropriação e domínio do espaço, a adquirir/utilizar conceitos de representação e orientação espacial, fazendo aprendizagens de noções básicas de lateralidade, que lhe permitiram descobrir / compreender o que pode e não pode ser visto de uma determinada posição, tomando o ponto de vista do outro. 

       O Doc foi apresentado e foram exploradas algumas das suas funcionalidades,       começando no modo “free”, e conquistou imediatamente as crianças; no segundo dia,   crianças de 5 anos pediram-me para “brincar” com ele -“atividade espontânea da criança, que corresponde a um interesse intrínseco e se caracteriza pelo prazer, liberdade de ação, imaginação e exploração” (Orientações Curriculares para a Educação Pré Escolar) , o que eu permiti; desta forma compreenderam melhor algumas funções, como girar à esquerda ou à direita. Esta forma de explorar o robô foi sendo alternada com momentos de exploração orientada, gerando explosões de riso e alegria.
Seguiram-se outras atividades de robótica, aumentando gradualmente o grau de dificuldade, com utilização das cartas.
 
  

 Foram desenvolvidas atividades que envolvem o pensamento computacional, sem utilização do brinquedo: 

 
1. As crianças  percorreram este labirinto várias vezes, com evidente prazer, integrado num percurso com várias atividades de educação física; ao fazê-lo, retiveram grande parte da informação sobre o percurso e sua direcionalidade.
 
2. Foram desafiadas a orientar no espaço a educadora de olhos vendados; ao observar a educadora desorientada; as crianças apoiaram-se mutuamente, para conseguirem fazer a orientação correta, o que não foi fácil. Depois alternamos os orientadores e os orientados, de forma a satisfazer o prazer de cada participante.

3. Apenas com crianças de 5 anos, que começam a demonstrar capacidade de abstração, foi pedido a cada uma que tentasse representar o labirinto percorrido, indicando o percurso com o desenho de setas; esta atividade foi apoiada com fotografias recolhidas durante a atividade de educação física e apoiada pelo adulto, que dialogou com cada criança, levando-a a verbalizar todo o processo de registo.

Outros jogos foram explorados na sala e que contribuem para os mesmos objetivos

Neste, devem encontrar as imagens correspondentes aos vários pontos de visualização do objeto
 

 
A criação de um novo tapete para jogar com o robô, proporcionou o envolvimento das crianças num novo projeto, desenvolvendo nestas outras competências, para além das já mencionadas; a sua exploração tornou-se mais abrangente, uma vez que envolveu o reconto de uma história tradicional, "O Coelhinho Branco" e que todas as crianças, incluindo as de 3 anos participaram, umas programando o robot e outras recontando a história a cada novo elemento encontrado por este.
 

 Aprendemos a criar algoritmos para organizar os percursos que o robô irá seguir
 

 "Lendo" o algoritmo, copiamos a mesma sequência de indicações para o robô, sequenciando as ordens e esperamos enquanto ele as executa

 
 
 

As crianças não correspondem todas da mesma forma, divergindo em função da idade e da capacidade de abstração de cada uma; no entanto as aprendizagens nesta área melhoraram progressivamente, o que vem confirmar a grande importância da programação e robótiva nestas idades.

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